Confirmada primeira morte por dengue em 2024 em Campos

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A Prefeitura de Campos, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, comunicou a confirmação da primeira morte por dengue em 2024. O falecido, um paciente de 64 anos com comorbidades, foi admitido no Hospital São José (HSJ) em 16 de março e veio a óbito no mesmo dia. O diagnóstico foi confirmado por meio de exame laboratorial processado pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (LACEN/RJ), com o resultado sendo recebido pelo município no final da tarde de terça-feira (26).

“O paciente tinha várias comorbidades, incluindo doenças hepáticas, que podem agravar o quadro de saúde em casos de infecção pelo vírus da dengue”, explicou o infectologista e diretor de Vigilância em Saúde, Rodrigo Carneiro.

Após a notificação da morte e a suspeita de infecção por dengue, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realizou atividades de bloqueio de transmissão nos quarteirões onde estavam localizados a residência e a barbearia da vítima, além da igreja que frequentava em Donana.

“Embora não tenham sido encontrados focos do mosquito nos imóveis do paciente, foram identificados 12 focos em residências dos três quarteirões visitados dentro do raio de transmissão”, informou o coordenador do Programa de Controle de Vetores (PMCV), Claudemir Barcelos. O bairro também foi alvo de um mutirão em 1º de março, durante o qual mais de 1,6 mil imóveis foram vistoriados e 13 focos foram eliminados.

Desde o ano anterior, as ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana, têm sido intensificadas em todo o território municipal, incluindo a campanha “Dengue Aqui Não”, que envolve atividades intersecretariais e contribuiu para a redução dos casos dessas doenças.

Em 2024, além das atividades rotineiras, o Centro de Controle de Zoonoses realiza mutirões após o Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa) e o Faxinão da Dengue, este último em colaboração com outras secretarias e departamentos públicos.

Outra medida implementada este ano foi a descentralização do atendimento a pacientes com suspeita ou confirmação de infecção por dengue e outras arboviroses, incluindo as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as Unidades Pré-Hospitalares (UPH), com o objetivo de proporcionar atendimento inicial aos pacientes e aliviar a carga sobre os hospitais de urgência e emergência, bem como o Centro de Referência da Dengue (CRD).

Por ser a principal referência na assistência e o mais procurado pela população, o Centro de Referência da Dengue foi expandido com mais dois consultórios, aumentando para seis o número de profissionais médicos disponíveis diariamente, com atendimento por 12 horas diárias, de segunda a sábado.

O monitoramento do cenário epidemiológico das arboviroses é conduzido pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS). Entre a 1ª e a 12ª semana epidemiológica, no período de 1º de janeiro a 23 de março, foram notificadas 5.738 ocorrências de dengue, entre casos confirmados laboratorialmente e clinicamente. Em relação à chikungunya, foram registrados 157 casos. Não houve registro de zika.

A secretaria continua aguardando o resultado do exame laboratorial do bebê de 8 meses que faleceu em 8 de março. O objetivo desse exame é descartar a coinfecção por dengue, uma vez que o bebê já havia testado positivo para Covid-19.

Campos declarou epidemia de dengue em 1º de março devido ao aumento constante no número de notificações das doenças, o que levou à criação do Gabinete de Crise da Dengue e outras arboviroses. Reuniões para discutir medidas de combate à doença são realizadas a cada 15 dias.

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