Sindipetros solicitam auditoria sobre segurança das aeronaves em razão do caos aéreo
Sindipetros que representam petroleiros e petroleiras que atuam em plataformas de petróleo nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, enviaram, ontem, aos responsáveis pela Operação Ouro Negro, um ofício com a solicitação de que seja realizada uma auditoria, em conjunto com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), sobre as condições de segurança de voos para embarques e desembarques.
O documento, assinado pelos Sindipetros NF, RJ, ES e LP, afirma que as entidades têm recebido “inúmeros relatos de trabalhadores do regime offshore, sobre o caos aáreo instalado com recorrentes atrasos de voos”, acrescentando que a situação tem gerado “angústia durante sua jornada de trabalho somada sensação de insegurança sobre as aeronaves. Fatos que podem trazer perda de foco durante suas atividades laborais, aumentando assim o risco de acidentes.”
De acordo com o coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF, Alexandre Vieira, o objetivo não é alarmar a categoria e seus familiares sobre as condições de segurança de voo, mas aumentar a prevenção.
“É importante a presença dos órgãos de fiscalização nessa questão da segurança das aeronaves. A gente não quer causar alarme, acreditamos na competência da Petrobrás, mas entendemos também que é importante um olhar dos órgãos fiscalizadores”, explica o sindicalista.
No documento, as entidades solicitam que a auditoria verifique “a manutenção e segurança das operações aéreas”, “as ações das empresas, relativas à redução dos impactos do caos aéreo em todo o setor offshore brasileiros” e faça uma “avaliação do impacto desta realidade na saúde e segurança dos trabalhadores”.
A Operação Ouro Negro foi criada para realizar inspeções, fiscalizações e auditorias em plataformas de petróleo na costa brasileira, reunindo representantes do MPT (Ministério Público do Trabalho, do Ministério do Trabalho, da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis), da Marinha do Brasil, CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). As ações são acompanhadas pelos sindicatos.