População de Campos apoia os deputados na descoberta de um médico fantasma no HGG e defende uma fiscalização rigorosa.
Com a denúncia feita pela Comissão Especial de Combate à Desordem Urbana da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) ao sistema de saúde em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, muitos cidadãos têm se mostrado indignados diante da evidente fragilidade dos serviços de saúde públicos na região.
Na última sexta-feira, os deputados estaduais Rodrigo Amorim, Alan Lopes e Filippe Poubel visitaram o município e conduziram uma audiência pública na Câmara Municipal, onde discutiram diversas irregularidades, com ênfase nas questões relacionadas à folha de ponto do Hospital Geral de Guarus (HGG).
Um dos incidentes mais impactantes revelados durante a audiência foi a suspeita de um médico, residente na Bahia, que teria emprestado seu nome a outra pessoa para que esta pudesse trabalhar no hospital de Campos dos Goytacazes. Essa alegação foi respaldada por um vídeo apresentado durante a audiência, no qual a diretora clínica da unidade confirmou o fato.
Além disso, Filippe Poubel apresentou um áudio no qual uma diretora instava os membros de um grupo de aplicativo de mensagens que já haviam assinado a folha de ponto adiantadamente e aqueles que ainda não o haviam feito a comparecerem à unidade para regularizar a situação, a fim de evitar possíveis falhas na documentação.
Em resposta a essas revelações, a população de Campos dos Goytacazes tem expressado apoio às ações dos deputados nas redes sociais e, em algumas ocasiões, questionado se houve abuso de autoridade. Alguns sugerem que a comissão deveria retornar ao município para conduzir novas fiscalizações.
Além do registro de ocorrência apresentado na 146ª Delegacia de Polícia, a comissão da Alerj planeja encaminhar uma denúncia ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Informações apuradas pela comissão indicam que o governo estadual repassou cerca de R$ 1 bilhão para a administração atual da Prefeitura de Campos.