Pacientes diagnosticados com câncer em São Paulo estão começando a receber um tratamento inovador

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Na próxima sexta-feira (15), em São Paulo, quatro pacientes iniciarão um estudo clínico utilizando células CAR-T, um tratamento inovador contra o câncer no sangue que tem apresentado resultados promissores em outros países.

Neste procedimento, os linfócitos, células de defesa do organismo, são extraídos e modificados em laboratório para identificar e combater o câncer. Posteriormente, estas células modificadas são reintroduzidas no corpo do paciente.

Os resultados serão submetidos à análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Caso o estudo seja aprovado, espera-se que até 2025 essa nova terapia esteja disponível para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

O tratamento, desenvolvido nos Estados Unidos em 2017, chegou ao Brasil em 2019, graças à colaboração entre a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), o Instituto Butantan e com apoio da Fapesp.

O Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) será o local inicial para a aplicação desse tratamento inovador. A Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto e o Centro de Terapia Celular (CTC-USP) são os responsáveis pela pesquisa.

A expectativa é que até o próximo ano, 81 pacientes participem desse estudo. O procedimento envolve a coleta de sangue dos pacientes para isolamento e modificação dos linfócitos. Todo o processo leva de 15 dias a um mês.

Após a internação, os pacientes receberão as células modificadas em uma única sessão, seguida por 15 dias de acompanhamento para monitorar possíveis efeitos colaterais, como inflamações que indicam a eficácia do tratamento, mas podem causar febre, dor no corpo, queda de pressão e dificuldade respiratória.

Os pacientes serão acompanhados por cinco anos para avaliar a eficácia e segurança do tratamento. Ele é direcionado especificamente para pacientes com leucemia linfoide aguda de células B e linfoma não-Hodgkin de células B que não responderam ou recidivaram após tratamentos convencionais, como quimioterapia e transplante de medula.

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