O Ministério da Saúde anunciou que a vacina contra a dengue estará disponível em doze cidades do estado do Rio de Janeiro

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O Ministério da Saúde tem mantido um monitoramento contínuo e alerta para o aumento de casos de dengue no Brasil. Diante desse cenário, a pasta coordenou diversas ações para combater as arboviroses, intensificando esforços e promovendo a conscientização sobre medidas preventivas. Uma das principais iniciativas foi a incorporação da vacina contra a dengue, que será administrada em 521 municípios de regiões endêmicas a partir de fevereiro. No estado do Rio de Janeiro, a vacina será disponibilizada em 12 cidades pertencentes à região de saúde Metropolitana I.

As regiões de saúde selecionadas atendem a três critérios específicos: possuem pelo menos um município com mais de 100 mil habitantes e alta transmissão de dengue registrada em 2023 e 2024, com predominância do sorotipo DENV-2. Isso resulta em 16 estados e o Distrito Federal com municípios que preenchem os requisitos para iniciar a vacinação a partir de 2024.

A faixa etária alvo da vacinação será de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, que apresentam o maior número de hospitalizações por dengue, após os idosos, para os quais a vacina não foi autorizada pela Anvisa. O esquema vacinal consistirá em duas doses, com um intervalo de três meses entre elas.

A definição do público-alvo e das regiões prioritárias levou em consideração a capacidade limitada de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante da vacina. A primeira remessa, contendo aproximadamente 757 mil doses, chegou ao Brasil no último sábado (20), fazendo parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica. Outra remessa, com mais de 568 mil doses, está programada para entrega em fevereiro. O Ministério da Saúde já adquiriu o total disponível para 2024, que é de 5,2 milhões de doses, com previsão de entrega ao longo do ano até dezembro. Para 2025, a pasta contratou 9 milhões de doses.

O Brasil se destaca como o primeiro país a oferecer a vacina contra a dengue no sistema público universal, incorporando-a em dezembro de 2023. A decisão foi acelerada pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS), que recomendou a incorporação após análise rápida. Todo o processo foi organizado em conjunto com Conass e Conasems, representando as Secretarias de Saúde dos estados e municípios, seguindo as orientações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Diante do início do período chuvoso e do alerta global da OMS sobre o aumento das arboviroses devido às mudanças climáticas provocadas pelo El Niño, somado ao reaparecimento dos sorotipos DENV-3 e DENV-4 no cenário nacional, o Ministério da Saúde implementou atividades preparatórias para a sazonalidade de 2024.

Segundo o Informe Semanal das Arboviroses Urbanas, nas semanas epidemiológicas 1 a 3 deste ano, foram registrados 9.073 casos prováveis de dengue no Rio de Janeiro, em comparação com 915 casos prováveis em 2023. Esse acompanhamento é uma das iniciativas estratégicas para monitorar o cenário nacional.

O Ministério da Saúde destaca que a eliminação dos criadouros do mosquito é a principal medida de combate às arboviroses. Portanto, incentiva a colaboração da população ao receber os agentes de saúde, responsáveis por identificar e eliminar possíveis focos de reprodução do mosquito. Em todo o Brasil, há 102.633 Agentes de Combate às Endemias, sendo 11.464 destinados aos 92 municípios fluminenses.

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