Em sessão marcada por tensão, vereadores aprovam reforma administrativa da Prefeitura

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A Câmara de Vereadores de Campos dos Goytacazes aprovou, na noite desta terça-feira (15), o projeto de reforma administrativa da Prefeitura, em uma sessão prolongada que avançou até depois das 23h. A votação ocorreu horas após a Justiça revogar uma liminar que havia suspendido a tramitação do projeto, impetrada pela vereadora Thamires Rangel (PMB). A decisão foi divulgada por volta das 17h30, já com a sessão em andamento.

Com a revogação da liminar, vereadores da base governista aprovaram a prorrogação da sessão por mais duas horas para garantir a votação ainda na noite de terça. A oposição criticou a pressa, apontando falta de tempo para análise e debate do projeto. Ao final, a reforma foi aprovada por 18 votos favoráveis, 5 contrários e uma abstenção.

Durante os discursos em plenário, o vereador Dudu Azevedo (Republicanos) condenou a judicialização do tema. “Não podemos permitir que a prerrogativa do vereador de legislar seja desrespeitada. Esta Casa deve resolver seus próprios problemas”, declarou. Ele também criticou o deputado estadual Thiago Rangel, pai da vereadora autora da liminar, por comentários feitos nas redes sociais. “Aqui não tem criança. Esses discursos fazem parecer que há esforços para desacreditar os projetos do governo”, afirmou.

O vereador Silvinho Martins também se posicionou contra o uso da Justiça para barrar a tramitação. “Se chegou uma lei aqui, que se discuta aqui. Não é papel do Judiciário interferir nesse processo. Temos que preservar a função para a qual fomos eleitos”, disse.

A proposta aprovada prevê a reestruturação da administração pública municipal, com mudanças na configuração das secretarias (órgãos da administração direta) e também em fundações e institutos (administração indireta). Com a reforma, a Prefeitura passará a contar com 22 secretarias. Também foram redefinidas atribuições e competências de cargos comissionados. Segundo o prefeito Wladimir Garotinho, a medida busca modernizar a gestão e reduzir a burocracia.

A única abstenção da votação foi do vereador Ciro Rocha (SD), aliado do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar. Apesar de não integrar a oposição, Ciro já declarou que não vota contra os projetos do governo Wladimir. Sua postura foi reconhecida em plenário pelo líder do governo, Juninho Virgílio. “Agradeço também ao nosso amigo Ciro, que já está chegando”, disse o vereador.

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