Desenvolvida terapia menos invasiva para tratamento de câncer em crianças e jovens, permitindo o tratamento em ambiente domiciliar

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Novo tratamento promissor para câncer cerebral em crianças e jovens surge como alternativa menos agressiva em comparação com a quimioterapia, com poucos efeitos colaterais.

O uso combinado de dabrafenib e trametinibe demonstrou interromper o crescimento tumoral três vezes mais eficazmente do que a quimioterapia. Esses medicamentos atuam bloqueando o sinal da proteína BRAF, responsável pelo crescimento descontrolado do tumor. E o melhor de tudo, o tratamento pode ser administrado em casa!

Peter Johnson, diretor clínico nacional para o câncer no NHS, na Inglaterra, comentou: ‘É um avanço significativo no tratamento, pois mostrou-se mais fácil de administrar do que a quimioterapia e muito eficaz na supressão do crescimento da doença, melhorando assim a qualidade de vida das crianças por mais tempo.’ No Brasil, essa combinação já é utilizada no tratamento do melanoma.

Gliomas em crianças são o tipo mais comum de câncer cerebral, muitas vezes tratados com quimioterapia, que pode causar efeitos colaterais graves como perda de peso, convulsões e dores de cabeça. Além disso, o tratamento hospitalar prolongado pode ser cansativo e estressante para as crianças.

No entanto, graças à ciência, isso pode estar prestes a mudar!

Menos invasiva e mais eficaz, a terapia com dabrafenib e trametinibe recebeu aprovação da agência sanitária da Inglaterra, abrindo caminho para outros países adotarem essa abordagem. Destinada a pacientes de um a 17 anos com gliomas de baixo ou alto grau e a mutação BRAF V600 E, a terapia mostrou resultados surpreendentes em ensaios clínicos.

Os dois medicamentos em combinação demonstraram ter menos efeitos colaterais do que a quimioterapia padrão e interromperam o crescimento de gliomas de baixo grau por uma média de dois anos (24,9 meses), três vezes mais do que a quimioterapia padrão (7,2 meses).

A possibilidade de administração do tratamento em casa é um grande benefício, permitindo que as crianças passem menos tempo no hospital e mais tempo com suas famílias e realizando atividades que gostam. Michele Afif, diretora executiva da Brain Tumor Charity, destacou que a aprovação desse novo tratamento representa um alívio para pacientes e familiares, sendo um avanço significativo no tratamento de tumores cerebrais pediátricos.

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