Silvio Santos, fundador do SBT, morre aos 93 anos
O empresário e apresentador Silvio Santos, ícone da televisão brasileira, faleceu aos 93 anos neste sábado (17). Com uma carreira que se estendeu por mais de seis décadas, ele foi uma figura central na história da TV brasileira, especialmente com o “Programa Silvio Santos”, no ar desde 1963, e o SBT, fundado em 1981.
Em julho de 2024, Silvio foi internado para tratamento da gripe H1N1, e, em agosto, foi novamente hospitalizado para exames. Nascido Senor Abravanel em 1930, no Rio de Janeiro, ele iniciou sua trajetória como camelô e locutor de rádio, antes de construir seu império na TV.
Após servir no Exército em 1948, Silvio Santos começou sua carreira como locutor na Rádio Nacional de São Paulo. Em 1958, assumiu o Baú da Felicidade e, logo em seguida, iniciou sua trajetória televisiva, com programas que marcaram gerações, como “Domingo no Parque”, “Qual é a Música?”, e “Show de Calouros”. Silvio também se destacou como empresário, expandindo seus negócios com a criação do SBT, que se tornou uma das maiores emissoras de TV do país.
Em 1989, Silvio tentou entrar na política, lançando-se como candidato à Presidência do Brasil, mas sua candidatura foi impugnada. Em 2001, viveu momentos dramáticos ao ter sua filha Patrícia sequestrada, seguido por um sequestro que ele mesmo enfrentou em sua casa.
Silvio Santos também foi um nome presente no Carnaval, homenageado pela escola de samba Tradição em 2001. Em 2010, o empresário enfrentou uma crise financeira com a descoberta de um rombo no Banco Panamericano, parte de seu grupo empresarial.
Nos últimos anos, Silvio diminuiu sua presença na TV, especialmente após contrair Covid-19 em 2021, quando voltou a gravar seu programa de forma esporádica.
Silvio Santos deixa um legado profundo na TV brasileira, além de sua esposa Íris Abravanel, com quem era casado desde 1978, e suas seis filhas: Cíntia, Silvia, Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata.
