Presidente do Americano, Tolentino Reis, é convocado a explicar supostas irregularidades
O Conselho Deliberativo do Americano Futebol Clube divulgou, na noite desta terça-feira (17), uma nota oficial solicitando explicações do atual presidente, Tolentino Reis. Entre os pontos levantados estão problemas financeiros, promessas não cumpridas e outras possíveis irregularidades na gestão.
Posicionamento do presidente
A manifestação do Conselho veio após declarações de Tolentino Reis em um vídeo divulgado pela assessoria do clube na tarde do mesmo dia. No material, o presidente alfinetou conselheiros, afirmando que se sente “mais torcedor do que eles”.
No vídeo, Tolentino também comentou rumores sobre a possível aprovação de um modelo de SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e a suposta venda do clube para o jogador Felipe Melo e o grupo Boston City. Ele negou ambas as informações e garantiu que não haverá venda do Americano.
Até o momento, Tolentino Reis não se pronunciou sobre a nota do Conselho.
Nota completa do Conselho Deliberativo
Na nota, o Conselho Deliberativo do Americano Futebol Clube notificou o presidente Tolentino Reis, solicitando esclarecimentos sobre diversas questões. Confira os principais pontos:
- Não pagamento do 1/3 da folha de dezembro de 2023, referente ao mês de posse, rateada entre o ex-presidente, o Conselho Deliberativo e o Presidente Executivo.
- Esclarecimento sobre o investimento previsto para o primeiro ano, que dependeria da posse para ser efetivado.
- Comprovação das negociações com patrocinadores anunciados, como Mubadala, Adidas, Mr. Jack Bet, Bica, United, Banco Atlantic, entre outros exibidos no backdrop de comunicação do clube.
- Contratações prometidas de ao menos seis jogadores da Série A do RJ, com o objetivo de conquistar o campeonato de forma invicta.
- Explicação sobre a extinção da diretoria executiva em pleno andamento do campeonato, sem nomeação de substitutos, e decisões tomadas de forma autocrática.
- Promessa de entrega do estádio em 20/12.
- Aumento no número de processos judiciais envolvendo o clube, que dobrou em um ano de gestão.
- Inadimplência com fornecedores e funcionários, incluindo descumprimento de contratos, como o do escritório de advocacia.
- Resultados financeiros dos 92 núcleos do AFC prometidos e do Instituto Contra-Ataque.
- Explicação sobre a ausência de um diretor executivo nomeado e quem responde pelo clube na ausência do presidente.
- Processos sendo julgados à revelia.
- Uso de materiais esportivos supostamente falsificados (Adidas, Fila).
- Detalhamento das parcerias anunciadas em outros países e com agentes de futebol.
- Remuneração de diretores executivos, em desacordo com o estatuto.
- Exclusão do Americano do arbitral que define as regras do Campeonato Estadual pelos próximos três anos.
- Contratação de um agenciador de futebol como diretor, função vedada pelo estatuto, o que resultou em contratações questionáveis e uma quase queda do clube. O mesmo profissional acionou o clube judicialmente.
- Proibição de acesso de conselheiros e sócios ao Complexo Eduardo Viana.
- Bloqueio de conselheiros, associados e torcedores que discordam da postura do presidente nas mídias sociais do clube.
- Jogadores sendo emprestados para testes sem vínculo federativo, configurando risco de perda de patrimônio.
- Fim das categorias sub-17 e sub-15 na cidade de origem do clube.
Por fim, o Conselho Deliberativo reiterou que o estatuto do clube será rigorosamente cumprido.
Conselho Deliberativo do Americano Futebol Clube
