ONU alerta que nível do mar pode subir 21 centímetros em Atafona até 2050

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O relatório divulgado nesta terça-feira (27) revelou que o nível dos mares subiu 15 centímetros nos últimos 30 anos em algumas áreas do Pacífico. Em Atafona e na cidade do Rio de Janeiro, o aumento foi de 13 centímetros no mesmo período. No entanto, as projeções para o futuro são preocupantes: ambas as localidades podem enfrentar uma elevação de até 21 centímetros no nível do mar até 2050, com uma média de 16 centímetros.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, emitiu um alerta global sobre o rápido aumento do nível dos oceanos, destacando que cidades como Rio de Janeiro e Atafona, em São João da Barra, estão entre as áreas no Brasil que serão diretamente afetadas. “O aumento do nível do mar tem um impacto devastador sobre as cidades costeiras e as economias litorâneas em todo o mundo. Os líderes globais precisam agir agora: reduzir drasticamente as emissões globais, liderar uma transição rápida e justa para o fim dos combustíveis fósseis, e aumentar massivamente os investimentos em adaptação climática para proteger as populações dos riscos presentes e futuros”, afirmou Guterres.

Segundo a ONU, as ilhas do Pacífico estão entre as mais vulneráveis, pois a elevação do nível do mar na região é significativamente mais rápida do que a média global. Nessas ilhas, a elevação média do terreno é de apenas um a dois metros acima do nível do mar, e cerca de 90% da população vive a menos de 5 quilômetros da costa, com metade da infraestrutura situada a apenas 500 metros do mar.

O relatório destaca que os riscos costeiros relacionados ao clima não se limitam apenas à elevação do nível do mar, mas também à amplificação das marés de tempestade, marés regulares e ondas. Além disso, o afundamento local do solo devido a atividades humanas, como a construção de barragens ou a extração de água subterrânea e combustíveis fósseis, pode intensificar esses riscos. Esses efeitos combinados podem resultar em danos à infraestrutura, intrusão de água salgada em aquíferos e rios, recuo da linha costeira e perda de ecossistemas e setores econômicos costeiros, conforme alerta a ONU.

Fonte: O Globo

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