Estiagem prolongada: Asflucan projeta queda de 30% na safra de 2025

Após um longo período de estiagem, a chuva finalmente chegou ao Norte Fluminense na última quinta-feira (10). Em Campos, o volume de água foi significativo, mas, mesmo assim, as lavouras, especialmente as de cana-de-açúcar, continuam sofrendo os efeitos da falta de água. Segundo Tito Inojosa, presidente da Associação Fluminense dos Plantadores de Cana (Asflucan), o setor prevê grandes perdas para a safra de 2025. Ele destaca que, apesar de a chuva trazer alguns benefícios, ainda é necessário um período para avaliar o real impacto nas plantações.
“A chuva com certeza ajuda, mas precisamos de mais tempo para analisar as socas, ver o que morreu, o que sobreviveu, avaliar as canas plantadas em março, e só então teremos uma noção clara da gravidade do problema, que é grande. Estimamos uma quebra de safra entre 30% e 40%”, lamenta Tito.
A seca prolongada não afeta apenas a produção de cana, mas também tem um impacto direto na economia regional, já que o setor sucroalcooleiro é responsável por milhares de empregos e movimenta diversos segmentos, como transporte, comércio e serviços.
Além disso, os produtores estão enfrentando custos extras na tentativa de minimizar as perdas, com a irrigação emergencial e a reposição de insumos. Contudo, muitas plantações não resistiram à seca, comprometendo o desenvolvimento das mudas e reduzindo drasticamente o potencial produtivo das lavouras.