Esclarecimentos do delegado da PF sobre investigação de possíveis fraudes em contratos de transporte escolar em Campos
Na coletiva desta quinta-feira (09), o delegado da Polícia Federal de Campos, Wesley Amato, detalhou a ação conjunta com o Ministério Público Rio de Janeiro (MPRJ) contra alegadas fraudes em contratos de transporte escolar em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Foram realizados 14 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a agentes políticos, servidores e empresários do ramo.
O objetivo dos mandados foi coletar elementos de prova, como aparelhos celulares, computadores e documentos, para sustentar a investigação. As buscas abrangeram empresas investigadas, residências de agentes públicos e políticos, além de dois gabinetes na Câmara Municipal de Campos.
Junto aos documentos e dispositivos eletrônicos, foi encontrado aproximadamente R$70 mil em espécie em uma das empresas investigadas, levantando suspeitas de possível origem ilícita, conforme mencionado pelo delegado.
Os principais alvos da operação incluem figuras como Marcos Alcides Souza da Silva (vereador Marquinhos do Transporte), Maicon Silva da Cruz (vereador sem partido), Neide Mara Gomes Palmeira (coordenadora da Diretoria Regional Administrativa da Educação do Norte Fluminense), e diversas empresas do ramo.
Os próximos passos envolvem a oitiva dos envolvidos, a perícia nos bens apreendidos e uma análise para determinar responsabilidades criminais. A investigação teve início devido a uma contratação em julho de 2022, que gerou estranheza devido a informações privilegiadas, conforme destacado pelo delegado.
A Secretaria Estadual de Educação esclareceu que os recursos públicos destinados ao transporte escolar são descentralizados às unidades escolares, que têm autonomia para contratar empresas. A secretaria anunciou a abertura de uma sindicância para investigar a conduta dos funcionários envolvidos.
O vereador Maicon Cruz divulgou um vídeo negando conhecimento dos fatos e expressando disposição para colaborar com as autoridades. O vereador Marquinho do Transporte ainda não se pronunciou sobre o caso.