Construções irregulares dominam Lagoa de Cima, em Campos, sem fiscalização da prefeitura
Lagoa de Cima, um dos pontos turísticos mais bonitos e procurados de Campos, está sendo prejudicada por uma série de construções irregulares em suas margens. A falta de fiscalização adequada tem resultado na perda das características originais da lagoa, que está se transformando em um grande canteiro de obras. O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) informou que a responsabilidade pela fiscalização do local é do município.
Bióloga vê futuro do local ameaçado
É importante destacar que Lagoa de Cima é uma Área de Proteção Ambiental (APA) e, por lei, as construções devem ser realizadas a uma distância mínima de 100 metros da água. No entanto, imagens obtidas pela reportagem do Manchete RJ mostram que essa regulamentação não está sendo respeitada. Além de casas e bares, até entulho é visível perto das águas, e as construções continuam em ritmo acelerado.
A bióloga e jornalista Sônia Guimarães, que morou em Lagoa de Cima por 15 anos, alerta para os impactos das construções irregulares na qualidade de vida dos moradores e visitantes.
“Lagoa de Cima hoje tem um cenário pitoresco, mas que poderia ser um lugar muito bem aproveitado para a conservação da fauna e da flora da nossa região, proporcionando um local de lazer adequado para as pessoas. No entanto, o ritmo de ocupação dessas áreas é alarmante. Para construir nas margens da lagoa, as pessoas arrancam as árvores da mata ciliar, que protegem tanto os peixes quanto a qualidade da água. Também há a questão das fossas sépticas, que são muito importantes. Está tudo completamente descontrolado em Lagoa de Cima, sem nenhuma fiscalização. Acho que a tendência é que a situação piore consideravelmente”, explicou.