Campos enfrenta novamente problema com fuligem

Nesta semana, um problema antigo voltou a incomodar moradores de Campos: a fuligem. Moradores de diversos bairros relataram o surgimento das partículas pretas que se acumulam em casas, quintais e ruas. Essa fuligem é resultado da queima da palha da cana-de-açúcar durante a colheita e, além de sujar tudo, pode agravar doenças respiratórias.
A prática é, de fato, regulada pela Lei Estadual 5.990/11, que prevê a eliminação gradual da queima da palha e estabelece punições para quem descumprir as regras.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea), responsável pela fiscalização, informou que está desenvolvendo um novo sistema de controle para monitorar a queima da palha da cana-de-açúcar. A ideia é utilizar tecnologia mais moderna para tornar a fiscalização mais eficiente e rastrear as áreas de plantio, em articulação com o Ministério Público Estadual.
Dados da Fundação Ceperj, com base em informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que, entre janeiro e maio deste ano, Campos teve mais de 22 hectares de vegetação impactados por queimadas. Em maio, o município registrou o maior número de focos de queimada em todo o Estado do Rio, com sete ocorrências.