Caso Bruno Pezão terá audiência na próxima segunda, define Justiça Eleitoral

A Justiça Eleitoral realizará na próxima segunda-feira (1º), às 15h45, uma audiência para ouvir testemunhas no processo que apura denúncias contra o vereador de Campos, Bruno Pezão (PP). O caso envolve acusações de abuso de poder político e econômico durante a eleição de 2024.
A audiência acontecerá na 1ª Vara Cível do Fórum de Campos e será conduzida pela juíza Aryanna Natasha Porto de Godoi, da 76ª Zona Eleitoral. Após os depoimentos, os advogados apresentarão suas manifestações orais e, em seguida, será aberto prazo para a entrega das alegações finais por escrito. A sentença será definida depois dessa etapa.
Em outubro de 2024, o Ministério Público Eleitoral entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra o vereador. O pedido incluía a cassação de sua candidatura, a declaração de inelegibilidade por oito anos e a anulação dos votos recebidos. A iniciativa foi motivada por apreensões da Polícia Civil que somaram mais de R$ 1 milhão em dinheiro, cheques e promissórias, além de armas e celulares, em endereços ligados ao parlamentar.
As investigações apontam que Bruno Pezão teria se beneficiado de recursos financeiros não declarados, além de coação e intimidação de eleitores com apoio de uma organização criminosa atuante na Baixada Campista. Ele foi reeleito em 2024 com 4.880 votos, o quinto mais votado do município.
O caso ganhou repercussão após a operação “Pleito Mortal”, deflagrada pela Polícia Civil em setembro do ano passado, que resultou na prisão temporária do vereador. A ação investigava o assassinato de Aparecido Oliveira de Moraes, cabo eleitoral executado em julho de 2024 com oito tiros dentro de um carro em Campo Novo. Aparecido era considerado liderança local e havia declarado apoio a um adversário político de Pezão.
De acordo com as investigações, na véspera do homicídio, Bruno Pezão teria promovido um encontro político em que transmitiu por videoconferência a participação de José Ricardo Rangel de Oliveira, conhecido como Ricardinho, apontado como líder do tráfico em Campo Novo e preso desde 2010. A exibição teria ocorrido em um telão durante a reunião, reforçando pressões sobre os eleitores da região.
O processo segue em andamento e a audiência da próxima segunda-feira é considerada decisiva para o julgamento.