“Pacote de Maldades” é aprovado em meio a vaias e revolta

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Em sessão extraordinária realizada na manhã de ontem, quarta-feira (18), a Câmara Municipal de Campos aprovou, por maioria, dois Projetos de Lei Complementar (PLC) considerados pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Campos (Siprosep) como um “pacote de maldades”. As propostas alteram regras relacionadas à aposentadoria dos servidores municipais.

Dos vereadores presentes, apenas Fabinho Almeida e Jorginho Virgílio, ambos da oposição, votaram contra. Todos os parlamentares da base governista apoiaram a aprovação das medidas. O presidente da Casa, Marquinho Bacelar (União), não compareceu à sessão e declarou que não compactua com os projetos.

Protestos e Clima Tenso no Plenário

A sessão foi marcada por intensos protestos. Dezenas de servidores estiveram presentes no plenário e vaiaram a aprovação dos projetos. Em determinado momento, a sessão precisou ser interrompida devido ao clima de tensão.

Durante os discursos, manifestantes gritavam palavras de ordem, como “Esse rombo é de Rosinha” e “Vendidos”. Alguns chegaram a virar de costas enquanto o vereador Juninho Virgílio (Podemos), líder da base governista, discursava em defesa das medidas.

O ambiente ficou ainda mais acirrado após uma discussão entre a presidente do Siprosep, Elaine Leão, e Juninho Virgílio. Ambos trocaram acusações após a aprovação dos projetos.

Detalhes dos Projetos Aprovados

Os projetos em questão são:

  • Projeto de Lei Complementar nº 0179/2024: Consolida as leis que regulamentam o PreviCampos, o instituto de previdência dos servidores municipais.
  • Projeto de Lei Complementar nº 0180/2024: Cria um Comitê de Investimentos e um Fundo Integrado sob a gestão do PreviCampos.

Segundo os servidores, essas propostas comprometem a segurança financeira do PreviCampos e reduzem a transparência na gestão dos recursos previdenciários. O temor é que as mudanças impactem negativamente as aposentadorias e outros benefícios da categoria.

Mobilizações Contra o “Pacote de Maldades”

O Siprosep realizou diversas ações contra a aprovação dos projetos. Na semana passada, integrantes do sindicato chegaram a ocupar as cadeiras dos vereadores no plenário, impedindo momentaneamente a votação. Apesar da mobilização, o pacote foi recolocado na pauta e aprovado nesta quarta-feira, gerando grande insatisfação entre os servidores.

Os protestos no plenário deixam claro que a aprovação não encerra o debate. Servidores prometem intensificar as manifestações contra o que consideram um retrocesso nos direitos da categoria.

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